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terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Regadense “João Pinto Ferreira” foi o fundador da cidade ‘Jaboticabal’ no Brasil

Pedro Miguel Teixeira Sousa
Jaboticabal é uma cidade com cerca de 71.654 habitantes (estatística de 2004), localizada numa das regiões mais ricas do Estado de S. Paulo. Segundo a história local, na origem da sua fundação está o ‘Regadense’ João Pinto Ferreira que nascera cerca de «... 1778, na Freguesia de Santo Estêvão de Regadas», quando esta ainda pertencia ao Concelho de Celorico de Basto.
João Pinto Ferreira em 1816 adquiriu as terras de João Rodrigues Lima, a Fazenda Cachoeira, que veio a denominar-se ‘Fazenda Pintos’, onde se iniciou a edificação da Cidade de Jaboticabal.
ao verificar a dificuldade de comunicação com o povoado de São Bento de Araraquara (povoação mais próxima - a 12 milhas), João Pinto Ferreira resolveu fundar uma povoação dentro das suas terras e doou uma parte a Nossa Senhora do Carmo (Padroeira – 16 Julho Aniversário da Cidade), construindo também uma pequena Igreja. Jaboticabal é elevada a Distrito de Paz em 1848, a Freguesia em 1857 em 1867 à categoria de Vila, o mesmo ano em que se dá o falecimento do homem de Regadas. No ano seguinte, em 1868 é instalada a Câmara de Vereadores e em 6 de Outubro de 1864 “a sede do Município” recebe o foral de Cidade.
A Cidade desenvolveu-se através do cultivo do café e com o auxílio da aplicação das ‘ferrovias’, na segunda metade do século XIX. A primeira parte do século XX ficou marcada pela imigração, principalmente de portugueses, italianos, espanhóis e japoneses.
Jaboticabal tendo a sua base económica na agricultura, destacou-se «como importante centro regional nas actividades industriais, comerciais, bancárias e de prestação de serviços». Sendo a primeira parte do século XX uma marca fundamental no sector económico, a arquitectura dessa altura foi de tal forma marcante que ainda hoje persiste em edifícios em uso.
A par da indústria alimentar estava a cerâmica (louça e olaria), que entra em declínio com o cultivo do café dos anos 30 aos 50, onde recomeça a recuperar a economia com a diversificação da lavoura (algodão, amendoim, arroz e milho). Mais tarde, a cana-de-açúcar torna-se a principal fonte de enriquecimento do Município com a produção de álcool e açúcar.
Os anos 30 ficaram ainda conhecidos pela sua vasta cultura, o que conferiu a Jaboticabal o epíteto da «Atenas Paulista».
Bibliografia: (http://www.jaboticabal.sp.gov.br)